sexta-feira, 20 de junho de 2008

Uma boa conversa tá valendo muuito

Quanto mais o tempo passa, mais eu percebo a dificuldade que é encontrar alguem que mereça uma conversa.
E de como essas raras e deliciosas conversas mudam o dia.
Nos deparamos com tanta futilidade, tanta gente se preocupando em falar mal da vida alheia, ou do cabelo da fulana, da roupa da ciclana. Cadê as conversas sobre teatro, sobre musica, sobre as coisas que andam acontecendo no mundo?
Cadê as conversas sobre valores, sobre a infância, sobre coisas que realmente vale a pena falar?
Hoje eu acordei silenciosa, desesperada para me comunicar apenas com um bom livro.
Acordei, me troquei, e prendi-me no meu mundo, me escondendo nos meus fones de ouvido. Sai admirando a paisagem , ao chegar na biblioteca, entre uma estante e outra vejo uma senhora se esticando para pegar um livro no alto da estante. Olhei-a carinhosamente, ela me lembrava minha amada vó, com seu jeito tão jovial.
Fui até ela, estiquei o braço e peguei-o para ela.
Ela me abriu um sorriso todo agradecido e depois de ouvir um :"muito obrigada, minha filha", voltei a me dedicar olhar os livros.
Mudei de estante e ela mudou junto, foi se aproximando, se aproximando, puxando conversa, quando dei por mim, ela já estava me falando o nome e idade de todos os netos.
Saimos juntas e por coenciência andamos lado a lado por grande parte do caminho.
Que conversa boa. Uma delicia.
Conversamos sobre o tempo, sobre livros, sobre familia, coisas simples.
Me fez lembrar das conversas com minha querida vó, que sabia de tudo um pouco.

Conversar é uma atividade tão simples que trás tantos beneficios.
Qual o problema com a vida moderna que com sua correria rotineira não tem tempo para um bom papo de vez em quando?
Eu tenho um amigo da faculdade, que como eu adora conversar. E nossas conversas sempre giram em torno de nossas infancias, e de como a vida era mais simples antes.
Eu sempre saio com mais fé nas pessoas depois que converso com ele.

E isso me faz pensar que eu não sou a única que prega a volta da vida como nós tempos de outrora, no tempo em que as pessoas sentavam-se na frente de suas casas para conversar.
Aqui fica meu protesto: Pessoas abram suas mentes, e suas bocas... vamos nos comunicar.

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